domingo, 2 de dezembro de 2018

Portfólio de Aprendizagem


     No dia 10 de abril de 2015, dando inicio a este blog de aprendizagem, escrevi a seguinte passagem:

      "O Portfólio é uma forma de acompanhar e avaliar a evolução da aprendizagem. O modelo escolhido para este curso foi o Blog. Este Blog irá conter minha trajetória enquanto aluna do curso de pedagogia da UFRGS, na modalidade à distância. Serão postadas minhas reflexões sobre os temas abordados nas disciplinas, os relatos de minhas vivencias enquanto professora e minhas novas descobertas. Acredito que será uma forma de repensar e avaliar meu conhecimento e minha prática de sala de aula. "

       Hoje relendo meu blog, percebo o quanto foram ricas e produtivas minhas aprendizagens ao logo deste curso, é possível, além de rever minha trajetória, observar o quanto minha prática pedagógica foi aperfeiçoando. Atualmente tenho um olhar diferenciado com meus alunos, procuro observá-los, nos diferentes momentos da nossa rotina, para assim perceber as necessidades e interesses, que irão nortear minha prática pedagógica. De acordo com Hernándes, Fernando (2000,p.166) o portfólio é:

 ...” um continente de diferentes tipos de documentos (anotações pessoais, experiências de aula, trabalhos pontuais, controles de aprendizagem, conexões com outros temas fora da escola, representações visuais, etc) que proporciona evidências do conhecimento que foram sendo construídos, as estratégias utilizadas para aprender e a disposição de quem o elabora para continuar aprendendo”.

        Com certeza o portfólio e um grande instrumento avaliativo, pois através dele encontramos evidências das aprendizagens, nos diferentes recursos utilizados. Com o decorrer do curso percebo que esta ferramenta auxiliou no processo de escrita, a buscar referenciais teóricos para embasar as reflexões e procurar sempre contextualizar com minha prática. A volta ao blog, para diferentes leituras neste semestre contribuiu para relembrar atividades realizadas desde o primeiro semestre e contribuiu com sugestões para trabalhar em meu estágio.
         Percebo que as aprendizagens e reflexões foram muitas e fico muito feliz de hoje perceber o quanto o PEAD foi rico em aprendizagens e me fez hoje uma profissional mais qualificada.

http://janapead2.blogspot.com/2015/04/portfolio-de-aprendizagem.html
     

domingo, 25 de novembro de 2018

Alfabetização e Letramento



" Nenhuma criança chega à escola ignorando totalmente a língua escrita. Elas não aprendem porque veem e escutam, ou por ter um lápis e papel a disposição, e sim porque trabalham cognitivamente com o que o meio lhes oferece.( Emília Ferreiro)"

      Trabalho na Educação Infantil, numa turma de jardim, 4 a 5 anos e percebo o reconhecimento por parte dos alunos quanto a linguagem escrita, além da vontade de descifrar estes códigos, este ano uma aluno aluna chegou a falar:" prof me ensina a ler". Nesta idade já criam suas hipóteses de leitura, utilizando livros de histórias, revistas, encartes, e de escrita através de jogos e desenhos, alguns alunos já escrevem algumas letras.



"Há crianças que chegam à escola sabendo que a escrita serve para escrever coisas inteligentes, divertidas ou importantes. Essas são as que terminam de alfabetizar-se na escola, mas começaram a alfabetizar muito antes, através da possibilidade de entrar em contato, de interagir com a língua escrita. Há outras crianças que necessitam da escola para apropriar-se da escrita. (Ferreiro, 1999, p.23)"



    Cada criança tem seu ritmo e isso deve ser respeitado no processo de alfabetização. Alguns são estimulados em casa e com isso demostram interesse maior do que os demais alunos. A escolar de Educação Infantil deve oportunizar o contato com a linguagem escrita, sem a intenção de alfabetizar, oportunizando em seu espaço diferentes recursos para explorar como livros, revistas, encartes, jogos, entre outros. Com o objetivo de mostrar a importância da escrita. Nesta perspectiva, Ferreiro (2001) destaca:

Para que a criança faça relação com a escrita e que tenha contato fora da escola e dentro, é necessário apresentar todo tipo de material escrito que for possível na sala de aula e, em cada classe de alfabetização, deve haver um canto ou área de leitura onde se encontram não só livros bem editados e bem ilustrados, mas também qualquer material que contenha escrita (FERREIRO, 2001, p.33).

     Sendo assim, como professora, meu papel é oportunizar momentos de exploração, descobertas e criação de hipóteses. 


terça-feira, 20 de novembro de 2018

Contribuição da Literatura Infantil no processo ensino- aprendizagem

     Através da Literatura Infantil, pode-se trabalhar diferentes temas na Educação Infantil, além de proporcionar um momento mágico, onde será desenvolvida a atenção  a imaginação. Podemos usar diferentes recursos como por exemplo músicas, poesias e livros.

     De acordo com o poeta José Paulo Paes : "A poesia não é mais do que uma brincadeira com as palavras. Nessa brincadeira, cada palavra pode e deve significar mais de uma coisa ao mesmo tempo: isso aí é também isso ali. Toda poesia tem que ter uma surpresa. Se não tiver, não é poesia: é papo furado."

   Poesias tem a capacidade de despertar a sensibilidade, criatividade, contato com outro tipo de linguagem, muitas vezes podem abordar a realidade dos alunos. Durante o projeto "Que bicho é esse?", surgiu a curiosidade sobre as borboletas e para enriquecer a pesquisa utilizei a poesia "Borboletas" de Vinícios de Moraes, onde além de trabalhar a linguagem, os alunos tiveram a oportunidade de identificar as cores. 

     Diferentes temas como por exemplo o respeito, pode ser trabalhado através de histórias. Segundo o artigo: " A diferença étnico-racial em livro brasileiros: análise de três tendências contemporâneas", de Edgar R. Kirchof, Iara T. Bonin e Rosa M. H. Silveira, observa-se um aumento no número de livros infantis no Brasil, voltados para temas étnicos-raciais, principalmente após o decreto da lei 10.639 de 2003, que inclui no currículo das escolas a obrigatoriedade do ensino da história e cultura africana. Três tendências são destacadas: Racismo, Cultura, Diversidade Cultural e Diferenças, acredito ser temas que devem ser trabalhados durante o ano letivo e não apenas na semana da consciência negra.

   Podemos trabalhar a narrativa não apenas com textos, livros, podemos usar a música, o teatro, rodas cantadas, na Educação Infantil podemos explorar riquíssimas possibilidades fazendo o uso da Literatura. Durante o estágio pude utilizar várias histórias para nortear meu trabalho, sobre os animais. Como por exemplo "A fantástica fabrica de bichos" de Ruth Rocha, onde os alunos viajaram pelo mundo encantado dos bicho e com muita criatividade montaram a máquina da turma com sucatas.

     A Literatura tem sido uma grande aliada na minha prática docente, contribuindo assim para uma aprendizagem significativa e construtiva.

http://janapead2.blogspot.com/2016/04/a-arte-da-palavra-literatura.html

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Construindo conhecimentos através de projetos de aprendizagem

      Durante o curso PEAD, minha visão sobre projetos foi se modificando. Antes trazia temas prontos, que eu julgava seria interessante trabalhar com a turma, muitas vezes sem conhecer os alunos.
      Hoje percebo a importância de antes de escolher o tema observar a turma e reconhecer seus interesses e necessidades. Já me aventurei algumas vezes, durante o curso a trabalhar com temas de interesse dos alunos e com certeza a aprendizagem torna-se mais dinâmica e interessante. Quando os alunos passam a perceber que podem contribuir com idéias, sugestões de temas e atividades, passam a ser os reais protagonistas na construção de seus conhecimentos. De acordo com ZABALLA:

Será necessário oportunizar situações em que os alunos participem cada vez mais intensamente na resolução das atividades e no processo de elaboração pessoal, em vez de se limitar a copiar e reproduzir automaticamente as instruções ou explicações dos professores. Por isso, hoje o aluno é convidado a buscar, descobrir, construir, criticar, comparar, dialogar, analisar, vivenciar o próprio processo de construção do conhecimento. (ZABALLA, 1998)

        Atualmente, em meus estágio, estou desenvolvendo o projeto "Que bicho é esse?", tema que surgiu a partir do grande interesse da turma pelos bichinhos que encontravam no solário e pracinha. Durante o projeto foram surgindo vários questionamentos que auxiliaram na construção dos planejamentos, como por exemplo: "Quais animais nascem do ovo?", "Pra que serve a gosma da lesma", " Os cavalos dormem em pé ou deitado?".
Observando insetos com lupa.

    Para Hernández (1998), na prática do trabalho com projetos, os alunos adquirem a habilidade de resolver problemas, articular saberes adquiridos, agir com autonomia diante de diferentes situações que são propostas, desenvolver a criatividade e aprender o valor da colaboração. Sendo assim, o aluno se sentiu a vontade de propor uma nova atividade. Durante nossas conversas os alunos trazem seus questionamentos, hipóteses e juntos vamos desvendando as curiosidades. Estou muito orgulhosa do quanto meus alunos aprenderam neste semestre, através do projeto, trabalho com uma turma de jardim 1, eles tem entre 4 e 5 anos. Muitos pais já relataram que eles chegam em casa contando as novidades que aprenderam na escola.


         Com certeza, o PEAD foi de importância fundamental para revisar minhas práticas e modificá-las, visando trazer um ensino mais significativo para meus alunos. Aprendizagens que com certeza levarão para a vida.

http://janapead2.blogspot.com/2016/05/projeto-de-aprendizagem.html

domingo, 18 de novembro de 2018

Sustentabilidade : Desenvolvendo atitudes para melhorar o planeta



      Atualmente um dos assuntos de grande importância para a humanidade é a questão da sustentabilidade, poder reaproveitar o lixo em nosso benefício com o objetivo de preservar os recursos naturais. A escola deve estar mobilizada nesta luta, a conscientização deve acontecer desde cedo, nós educadores temos a oportunidade de fazer nossos alunos refletir e compreender a importância destas ações para o futuro do nosso planeta, entender os cuidados que devemos ter com o meio ambiente e criar estratégias para minimizar os efeitos negativos de atitudes incorretas que afetam nosso mundo.


     Em postagem do blog de 29 de novembro de 2016 citei um dos textos lidos na interdisciplina Representação do Mundo pelas ciências Naturais: 

"Com e leitura do texto: "O índio brasileiro" de Baniwa, percebemos a importância que os povos indígenas dedicam a natureza, reconhecendo que devemos conhecê-la e respeitá-la, este ensinamento deve ser passado aos nossos alunos, através das aulas de ciências através de pesquisas, experimentações e atitudes sustentáveis."
    Neste semestre percebi que através do trabalho que realizei com meus alunos, sobre o lixo e os cuidado,  com o meio ambiente, teve repercussão nas famílias, pois as crianças começaram a cobrar atitudes positivas.
        É através das pequenas ações do dia-a-dia na escola que estaremos conscientizando a todos sobre a importância do cuidado com nosso planeta.

http://janapead2.blogspot.com/2016/11/as-ciencias-e-vida-sustentavel.html

domingo, 11 de novembro de 2018

Pensamento infantil

    Conforme relatei na postagem do blog do dia 20 de novembro de 2016, sobre o que observo em meus alunos quanto ao pensamento infantil:


"As crianças desta faixa etária, 4 e 5 anos, buscam respostas para suas hipóteses relacionadas ao que conhecem, por isso cabe ao professor propiciar a aquisição de novas informações e descobertas, através de pesquisas e experimentações, para assim ampliar seu conhecimento de mundo."

      Paulo Freire relata: “Proponho e defendo uma pedagogia crítico dialógica, uma pedagogia da pergunta”. (FREIRE, 2000, p.83). Sendo assim, nesta perspectiva professor deve ser um observador e estar atentos as inquietações e curiosidades dos alunos, para assim instigar os alunos na busca pelo conhecimento, questionando e fazendo-os refletir, pesquisar. Neste semestre, trabalhando com projetos de aprendizagens, muitas questões trazidas pelos alunos nortearam meus planejamentos, ao observar os caracóis no pátio da escola uma aluno perguntou, pra que serve as gosma dele? Devolvi a pergunta pra turma, surgiram várias hipóteses, em seguida partimos para a pesquisa para conseguir responder a pergunta e outras foram surgindo propiciando novas pesquisas.
      Acho de fundamental importância para a aprendizagem o diálogos entre professor e aluno para uma troca e construção significativa.

http://janapead2.blogspot.com/2016/11/pensamento-infantil.html

domingo, 4 de novembro de 2018

A importância do Brincar na Educação Infantil

     Quando inciei meu trabalho com a Educação Infantil, a 17 anos atrás, não identificava a importância fundamental do brincar na aprendizagem das crianças pequenas, trabalhava de forma mais tradicional e focava meu fazer pedagógico em trabalhinhos prontos. Hoje reconheço que através da brincadeira trabalhamos diversos objetivos de forma mais significativa e prazerosa. Na interdisciplina Ludicidade e Educação tivemos a oportunidade de voltar a ser criança e brincar durante a aula, com certeza foi a cadeira que mais marcou pra mim, pois vivenciamos na prática o que estávamos estudando.
     Na brincadeira aprendemos a nos relacionar, lidar com as frustrações, respeitar regras, criar vínculos de amizade, aprendemos conteúdos, criamos hipóteses além de ser momentos prazerosos. De acordo com WENNER (2011): 

Incorporar atividades lúdicas ao cotidiano é fundamental para o 
desenvolvimento social, emocional e cognito, tanto de crianças 
quanto de adultos, além de contribuir para aumentar a criatividade,
 diversão, faz bem a saúde do corpo.

   Atualmente as crianças não tem a oportunidade de estarem brincando nas ruas, como acontecia em nossa infância, por questões de segurando, sendo assim acabam passando muito tempo em casa, onde muitas vezes preferem fazer o uso de tecnologias. A escola acaba sendo um espaço onde tem a oportunidade de socializar e brincar. Muitas vezes quando proponho uma brincadeira do meu tempo de infância percebo que poucos ou nenhum aluno conhece. Observo ainda que existe uma grande dificuldade em respeitar a regras, esperar sua vez e lidar com a perda. Um exemplo aconteceu durante meu estágio, durante a brincadeira "Arranca rabo", onde cada aluno ganhou um rabinho de TNT e deveria tentar arrancar os rabinhos dos colegas, teve aluno que chorou e outros que até ficaram bravos e brigaram com os colegas por não aceitar que pegaram seu rabinhos. Na dança das cadeiras, tenho um aluno que chora quando não consegue sentar e tem que sair da brincadeira. 
     Mas o lúdico não deve estar presente apenas na educação infantil, deveria fazer parte do nosso cotidiano até a vida adulta, nos tornando pessoas mais felizes e realizadas.

http://janapead2.blogspot.com/2016/07/o-brincar-e-importante-porque.html

sábado, 3 de novembro de 2018

Identidade e Pertencimento no Ambiente Escolar

   Faz parte da construção de sua identidade sentir-se como parte integrante de determinados grupo ou cultura, seja familiar, escolar, religioso, entre outros. Reconhecendo o ambiente em que vive e sua história, tendo autonomia para utilizar os espaços e estabelecendo relações sociais, criando laços de amizade e companheirismo. Segundo Stobart (1996):

 Identidade é um conceito complexo que envolve: língua, religião, memória 
compartilhada e um senso de identidade – às vezes de ressentimento e
 injustiça históricos. É rica em simbolismos: heróis, batalhas ganhas e perdidas, 
hinos nacionais, músicas, poesia, memórias e nomes de ruas.

    Ao ingressar num novo ambiente, como por exemplo, a escola, passamos por um período de adaptação, até sentirmos seguros e pertencentes ao novo ambiente. A nossa identidade é construída através de nossas experiências, individuais e em grupos. O aluno passa a estabelecer vínculos e sentir-se parte integrante deste espaço. Como trabalho na educação infantil, observo a cada ano este processo de passar a fazer parte deste novo grupo, cada aluno tem seu tempo, alguns já chegam interagindo e logo estão integrados, outros precisam de um tempo maior, neste ano na turma de jardim 1 recebi três alunos novos, agora perto do final do ano letivo vejo como eles e as famílias já sentem-se pertencentes ao ambiente. 
      Participando da rotina, organização e da construção do conhecimento/ projetos faz parte da construção da identidade do ambiente ao qual pertence. A escola funciona seguindo uma organização do tempo, seja na organização diária, seriação, semestres, trimestres, bimestres, além de um currículo com a grau de dificuldade relacionado ao desenvolvimento humano. Segundo Marques (2001), em relação "O tempo é concebido de forma linear, onde os eventos constituem uma sucessão de acontecimentos cronologicamente ordenados. A relação entre o "era" (passado), o "não é mais" (presente) e o "vir a ser" (futuro) obedece, assim, a uma sucessão linear de mudanças.", sendo assim percebemos na escola que existem conteúdos que são pré requezitos para conhecimentos futuros obedecendo uma ordem linear. Nesta perspectiva entende-se que todas as crianças deveriam aprender no mesmo ritmo para assim passar para etapa seguinte, mas cada um tem seu próprio ritmos assim muitos acabam ficando para trás, sendo reprovado por não atingir os objetivos estipulados para aquele período de tempo.

As diferentes formas de perceber, de pensar, de sentir da criança passam a ser vistas como ausências de saber. Os caminhos percorridos pelas crianças, na maioria das vezes, desconhecidos para a escola, não são reconhecidos como passíveis de levar ao aprendizado. O que termina acontecendo é que as crianças que não acompanham o tempo da escola vão ficando para trás... [...] Na medida em que a criança não acompanha o “tempo” da sua turma, que é o “tempo” imposto pela escola, ela é posta de “lado”. A criança se perde no tempo, deixando de existir para a escola e para a professora como se o tempo para ela parasse (SAMPAIO, 2002, p. 186-187). 

http://janapead2.blogspot.com/2016/12/pertencimento-e-identidade.html

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Representação do Mundo pela Matemática

     A matemática está muito presente no nosso cotidiano, sendo assim é de importância fundamental desenvolver seus conceitos no ambiente escolar aumentando sua complexidade de acordo com os níveis de desenvolvimento, desde as crianças pequenas: 

     A classificação é iniciada na educação infantil e retomada nas séries iniciais em níveis diferentes de abordagem. A partir dessa fase de escolarização entramos num processo de elaboração e reelaboração por parte do aluno, desde a captação intuitiva das ideias básicas e sua aplicação a situações problema, até em se tratando da utilização do pensamento lógico.( Lorenço, Baiochi, Texeira,2012)


     Além da classificação, outros conceitos são iniciados na Educação Infantil, como seriação, ordenação, quantidade, adição, subtração, formas, mas trabalhamos de forma lúdica com jogos e brincadeiras, durantes atividades da nossa rotina. Através do concreto o aluno vai abstraindo os conceitos e realizando as atividades propostas utilizando a lógica matemática. Neste processo os alunos tem a oportunidade de criar suas hipóteses, por exemplo ao observar tampinhas de cores diferentes, será que tem mais tampinhas vermelhas ou azuis?, os alunos com esse questionamento são convidados a observar, criar hipóteses e em seguida através da contagem chegar a resposta. 
  
Encorajar a criança a estar alerta e colocar todos os tipos de objetos, eventos e ações em todas as espécies de relações. A pensarem sobre números e quantidades de objetos quando estes sejam significativos para elas. Encorajar a criança a quantificar objetos logicamente e a comparar conjuntos e a fazer conjuntos com objetos móveis. (Kamii, 1986, p.16).

  Quando estabelecemos relações do que está sendo estudado com a realidade do aluno, a aprendizagem torna-se mais significativa. O aluno precisa saber por que e para que serve o conteúdo, de forma prática, através da experimentação.
    Muitos conteúdos serão de grande utilidade na vida adulta, como as questões de localização, noção de espaço, formas e lateralidade, que são amplamente desenvolvidos na Educação Infantil, quando o aluno aprende a se localizar no ambiente escolar e através da rotina passa a compreender a noção de tempo.
      Trabalho com a Educação Infantil, com uma turma de Jardim 1, em diferentes momentos de nossa rotina procuro trazer questões matemática, como por exemplo num momento de culinária, quando contamos os ingredientes, quantos temos que acrescentar, quanto já colocamos, quanto falta?, contamos quantos alunos estão presentes, entre outros.
     A partir das reflexões e sugestões no decorrer do curso PEAD, passei a introduzir diferentes jogos que propiciam a classificação, ordenação e seriação, além de instigar a reflexão durante os momentos de conversa na rodinha. 
     O professor como mediador da aprendizagem deve proporcionar situações problemas envolvendo o cotidiano, onde o aluno seja capaz de refletir, experimentar e buscar soluções, propiciando assim momentos de descoberta.

Exemplo de jogos que confeccionei durante o estágio:
Classificar as tampinhas de acordo com as cores.
Ordenar de acordo com o pré estabelecido.


quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Escola: ambiente de construção do conhecimento



     Nós educadores, temos na atualidade um grande desafio, de repensar a educação e as práticas de nossas escolas, onde ainda encontramos modelos extremamente tradicionais, em uma pedagogia diretiva, onde segundo BECKER:


" Para configurá-lo é só entrar numa sala de aula; é pouco provável que a gente se engane. 
O que encontramos aí? Um professor que observa seus alunos entrarem na sala, aguardando 
que se sentem, que fiquem quietos e silenciosos." (BECKER, 1994)



       Pensar uma escola que propicie uma real construção do conhecimento, é reconhecer que o aluno é o protagonista e não um ser oprimido que não tem a oportunidade de refletir, questionar e estabelecer significados. Paulo Freire, em seu livro Pedagogia do Oprimido, já questionava a qualidade da educação, segundo o método de ensino.



“A pedagogia tem de ser forjada com ele (o oprimido) e não para ele, enquanto homens 
ou povos, na luta incessante de recuperação de sua humanidade. Pedagogia que faça 
da opressão e de suas causas objeto da reflexão dos oprimidos, de que resultará o seu 
engajamento necessário na luta por sua libertação, em que esta pedagogia se
 fará e refará."

(FREIRE, Paulo. Pedadgogia do Oprimido, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.)


      Já em Pedagogia da Autonomia FREIRE nos faz refletir sobre nossa prática. A importância de levar em conta os conhecimentos prévios dos alunos, como ponto de partida para novas aprendizagens. O professor deve ser um facilitador proporcionando momentos de interação e descobertas. O PEAD tem proporcionado além de grandes reflexões o aprimoramento de minha prática, atualmente procuro observar e escutar mais meus alunos para perceber os interesses e necessidades, para então planejar e poder tornar a aprendizagem significativa para meus alunos.

         Em uma pedagogia relacional o professor traz a proposta sobre um tema significativo, onde o aluno tem a oportunidade de interagir e problematizar sobre o tema, de acordo com BECKER o professor:


"Propõe que eles explorem este material - cuja natureza depende do destinatário: crianças 
de pré-escola, de primeiro grau, de segundo grau, universitários, etc.
 Esgotada a exploração do material, o professor dirige um determinado número de perguntas, explorando, sistematicamente, 
diferentes aspectos problemáticos a que o material dá lugar. Pode solicitar, em 
seguida, que  os alunos representem - desenhando, pintando, escrevendo, fazendo cartunismo, teatralizando, etc. - 
o que elaboraram. A partir daí, discute-se a direção, a problemática, o material da(s) próxima(s) aula(s)." (BECKER, 1994)




  Atualmente, a cada novo tema trabalhado, procuro escutar os alunos, faço questionamentos para que possam criar suas hipóteses. Mesmo trabalhando na Educação Infantil, percebo a importância do registro, seja através de desenhos, confecções com sucatas, teatros ou outras propostas, para verificar a compreensão a cerca do que está sendo trabalhado. 

   O currículo não deveria ser algo fechado, mas sim adequá-se a realidade e as necessidades da comunidade. 

  Outra questão que me aflige enquanto educadora é a avaliação. Segundo MÉNDEZ, " A avaliação deve constituir uma oportunidade real de demonstrar o que os sujeitos sabem e como sabem. Somente assim o professor poderá detectar a consciência do saber adquirido e a solidez sobre a qual vais construindo o seu conhecimento" . Mas será que as escolas agem assim? Infelizmente ainda encontramos avaliação baseada na quantidade e não na qualidade, onde o grau de conhecimento é medido apenas por uma prova. Na Educação Infantil, como a avaliação não tem o intuito de promoção, acaba sendo flexível, realizo através de parecer descritivo, onde relato as aprendizagens que observei durante o semestre.

      Percebo que ainda existe um longo caminho a percorrer para mudar o sistema escolar, pensando no aluno como centro da aprendizagem. O professor deve repensar sua prática, tornando-se reflexivo e aberto a mudanças

http://janapead2.blogspot.com/2015/06/leitura-pedagogia-da-autonomia.html
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domingo, 30 de setembro de 2018

Tecnologias na Educação Infantil

      Enfim começou o estágio!!!
   E com ele um grande desafio... como trabalhar tecnologias digitais com crianças de 4 a 5 anos, da turminha do jardim? Na escola não possuem recursos e acesso a internet, e agora?
    Atualmente as crianças "nativas digitais", já nascem  usando tablets, smartfones. A escola deveria acompanhar a evolução tecnológica da sociedade. Os recursos digitais são grandes aliados no processo de construção de conhecimento, devido grande facilidade de acesso a informação. 
      Na escola onde trabalho muitas crianças chegam a porta da sala de aula usando o smartfone dos pais. Em entrevista todos os pais relataram ter acesso a internet, onde os filhos jogos e assistem vídeo no YouTube ou Netflix, muitas vezes sem a supervisão de uma adulto.
      Ao planejar uma atividade envolvendo tecnologia o professor deve ter o cuidado de pesquisar e poder oferecer recursos adequados.
Na instituição de educação infantil, pode-se oferecer às crianças condições
 para as aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de 
situações pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas pelos adultos.
 É importante ressaltar, porém, que essas aprendizagens, de natureza diversa, 
ocorrem de maneira integrada no processo de desenvolvimento i
nfantil. (MACHADO, 2009, p. 23)
      Em minha primeira atividade usando recurso digital, ofereci um jogo educacional do Linux, jogo da memória de animais, onde através da brincadeira pude verificar se saberiam usar o notebook, sendo que muitos utilizam apenas o "touchscreen". No início a maioria não sabia como coordenar o mouse, mas após algumas rodadas já estavam fazendo corretamente, fiquei admirada com a rapidez com que aprenderam. A partir de agora irei pesquisar novas propostas para apresentar a turma. Encontrei um pouco de dificuldade por ter apenas um aparelho a disposição dos aluno (pessoal), então enquanto dois alunos estavam utilizando, os demais brincavam nos cantinhos temáticos da sala de aula, mas também solicitavam atenção.

domingo, 16 de setembro de 2018

Criatividade

     O que é CRIATIVIDADE?
      Iniciando a interdisciplina eletiva Laboratório de Criatividade veio a reflexão sobre seu significado e importância no curso, sendo que neste momento nos preparamos para iniciar o estágio. Ser criativo é inventar, inovar, é a capacidade de criar algo diferente, transformar, pensar diferente do convencional. Para professores que desejam uma melhor qualidade no ensino é necessário repensar a prática docente, criando novas metodologias, novas possibilidades de aprendizagem. Ensinar vai muito mais além do que apenas transmitir conhecimento para isso é necessário criatividade para motivar, despertar o interesse dos educandos. Como disse Paulo Freire "Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.
      Espero, durante os estudos da interdisciplina ser instigada a inovar na sala de aula com meus alunos, de forma criativa, buscando trazer aulas mais dinâmicas, lúdicas e prazerosas. 

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Expectativas para o estágio

      Chegou o eixo 8 do Pead, neste semestre será nosso estágio docente. São muitas expectativas, sobre como vai ser, qual professor irá orientar, como trabalhar com ferramentas digitais, sendo que são poucas disponíveis na escola e meus alunos são de turma de jardim 1 ( 4 e 5 anos). Espero que esta experiência e as trocas com colegas, professores e tutores possam contribuir para enriquecer meu trabalho em sala de aula. Acredito que será um momento de grandes reflexões e muita aprendizagem, através das trocas. Penso que o estágio é um momento de inovar, trazer novos recursos e metodologias, adequando para faixa etária e projeto. Já tenho observado minha turma, buscando possíveis temas para desenvolver projetos de aprendizagem. Estou um pouco ansiosa em relação ao TCC, sobre qual dados coletar e o tema que irei escolher para escrever. Este será, com certeza, um semestre de bastante trabalho, onde a organização do tempo será um aliado para poder planejar, fazer as reflexões, coletar dados, já pensar no TCC, além da dedicação a cadeira eletiva, cursos e a interdisciplina de Seminário Integrador. 

domingo, 24 de junho de 2018

Eixo 7

     Este foi um semestre de grandes reflexões sobre a prática. Desde as teorias de Aquisição da Linguagem, O uso das Tecnologias na escola numa perspectiva histórica, O planejamento e avaliação escolar, até o Ensino na EJA. A interdisciplina que mais me identifiquei e fiquei encantada com as descobertas foi "Linguagem e Educação", onde pude compreender como ocorre a aquisição da Linguagem, segundo as teorias de Piaget e Vigostyk, estas teorias foram representadas na construção do mapa conceitual:
    Na interdisciplina da EJA no Brasil, pude aprender um pouco da história e leis. Através das atividades de campo, tanto a minha, como das colegas, pude visualizar uma área que nunca tinha tido contato.
      Em Seminário Integrador, tive um pouco de dificuldade em analisar o texto da colega. Mas fiquei muito feliz com a analise do meu texto, onde a colega destacou o que precisava mudar e complementar, servindo como um grande auxiliar para minha reescrita.

       Em TICS fiquei um pouco apreensiva quanto ao meu estágio, ao visualizar a falta de recursos tecnológicos da minha escola, ao mesmo tempo que fiquei encantada com as possibilidades apresentadas em projetos e atividades usando as tecnologias.

        Em didática, planejamento e avaliação pude refletir sobre sua importância no dia a dia do fazer pedagógico. De buscar temas geradores, de acordo com a realidade dos alunos.
       Foram grandes aprendizagens que com certeza estão enriquecendo tanto meu fazer pedagógico como a mim como pessoa.

O que é avaliar?


    Avaliar na atualidade é vista não apenas com a intenção de classificação, mas diagnóstica para verificar o nível de aprendizagens e buscar alternativas para o seu desenvolvimento. Nesta perspectiva cabe ao professor repensar sua prática, pensando que nem sempre uma prova irá mostrar o real nível de conhecimento, podemos se tratar apenas de decorar e não realmente compreender. Outro fator que deve ser pensado é o fato de não termos uma turma homogênea, cada aluno é diferente, tanto no ritmo de aprendizagem como nas áreas que apresenta maior afinidade, sendo assim, como podemos fazer a mesma avaliação para todos?
     Cresci e estudei numa metodologia tradicional e com avaliação classificatória, lembro de "decorar", os conteúdos para a prova e em seguida simplesmente esquecer, por não estabelecer significados. No PEAD me deparei com um modelo de avaliação diferente, sem o objetivo de classificação, num primeiro momento fiquei confusa, pensando: "como não tem provas?", hoje percebo que fazer uma prova não significa que meu conhecimento vai seu medido, mas através da minha construção diária, registrada neste blog é possível perceber minha reflexões e aprendizagens, na trajetória deste curso.
     Trabalho com Educação Infantil, onde a avaliação é feita por observação e registros das conquistas de cada criança e ao final do semestre é redigido um parecer descritivo das aprendizagens, sem nota, sem intenção de classificação. 




Temas Geradores na Prática Pedagógica



     Paulo Freire no traz reflexões sobre a importância dos
Temas Geradores, de acordo com interesses e a realidade do educando, principalmente com relação a EJA. Segundo ele “o objetivo da escola é ensinar a ler o Mundo para poder transformá-lo”. Ensinar vai além de apenas transmitir conhecimentos, é criar oportunidades para esta construção, levando em conta a bagagem cognitiva e experiências do aluno. 

     Na EJA Freire propõe, no processo de alfabetização, a utilização de palavras geradoras, significativas e de acordo com a realidade cultural dos alunos, partindo assim para compreensão do código escrito e refletindo sobre a sociedade. Muitos alunos tiveram empecilhos para continuar seus estudos, por necessitar ajudar nas despesas de casa, entre outros, mas numa sociedade excludente sente necessidade de buscar a alfabetização, depois de adultos, para uma melhor qualificação no mercado de trabalho ou por se sentir inferiorizado por não dominar o código escrito. Mas devemos levar em conta toda a vivência que essas pessoas tem e que podem compartilhar com o grupo.

     Nos demais segmento da educação também é importante trabalhar com Temas Geradores, que sirvam como base para desenvolve o currículo de forma integrada. 

    A observação e o dialogo com os alunos, permite ao professor investigar possíveis temas, de acordo com as dúvidas, curiosidades e conhecimento prévio.

    Na Educação Infantil, já trabalhei com temas geradores, que surgiram a partir de observações em momentos de brincadeiras livres. É muito gratificante ver os alunos entusiasmados pois sabem falar aos colegas algo sobre o assunto ou mesmo ao descobrir algo novo.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Planejamento em Ação

      Neste semestre vimos que para planejar é preciso levar em conta alguns aspectos como a intencionalidade, precisamos levar em conta os objetivos que pretendemos atingir com determinadas atividades, toda ação pedagógica deve ter um por que. 
      Através de um currículo integrado temos a oportunidade de tornar a aprendizagem mais significativa, partindo de temas de interesse dos alunos podemos desenvolver atividades envolvendo diferentes áreas do conhecimento.

"Falar de interdisciplinariedade é ver as salas de aula, o trabalho currícular
a partir da ótica de conteúdos culturais, ou seja, tentar ver que relações e
agrupamentos de conteúdos podem ser feitos, por matérias, por blocos 
de conteúdos, por áreas do conhecimento e experiências, etc (Santomé, 1998, p.61)"

      Outros elementos devem ser observados no planejamento como metodologias, recursos e avaliação. Segue um exemplo de planejamento aplicado em minha turma este ano:






Dados de Identificação:
Escola: EMEI Terezinha Santos Tergolina
Série: Jardim 1
Turma: J1A

Objetivo Geral:   Proporcionar momentos de prazer através da literatura, ampliando vocabulário, organização de pensamentos e a criatividade.

Objetivos:
·         Desenvolver o gosto pela leitura;
·         Refletir sobre sentimentos e valores;
·         Estimular a imaginação, o faz de conta e a criatividade;
·         Resgatar obras literárias ligadas ao universo infantil;
·         Aprimorar a coordenação motora fina;
·         Realizar contagem em brincadeiras.

Conteúdos:
·         Linguagem oral e escrita;
·         Imaginação;
·         Criatividade;
·         Coordenação motora fina;
·         Números.

Procedimentos:
·         Conversa: Quem conhece o sítio do Pica Pau Amarelo? Quem mora lá?
·         Hora do Conto: Sítio do Pica Pau Amarelo: Um lugar diferente;
·         Avental para apresentar os personagens do sítio;
·         Conversa sobre a história, que apresenta os personagens;
·         Confecção dos personagens com sucatas;
·         Exposição dos personagens;
·         Brincadeira: Corrida maluca de Sacis ( pulando com um pé só, de acordo com a quantidade que aparecer no dado).

Avaliação: A avaliação será feita por observação, registro e conversas com os alunos, que irão relatar como foi à atividade.


     Foi uma experiência muito gratificante, partir do interesse dos alunos por histórias e proporcionar momentos de construção, de criatividade e imaginação. Os alunos ficaram encantados com cada personagem e suas características. Em suas brincadeiras posteriores observei o uso das aprendizagens. Seus relatos foram muito ricos e demonstraram o grande interesse e novos questionamentos surgiram, o que dará segmento ao projeto.