domingo, 24 de junho de 2018

Eixo 7

     Este foi um semestre de grandes reflexões sobre a prática. Desde as teorias de Aquisição da Linguagem, O uso das Tecnologias na escola numa perspectiva histórica, O planejamento e avaliação escolar, até o Ensino na EJA. A interdisciplina que mais me identifiquei e fiquei encantada com as descobertas foi "Linguagem e Educação", onde pude compreender como ocorre a aquisição da Linguagem, segundo as teorias de Piaget e Vigostyk, estas teorias foram representadas na construção do mapa conceitual:
    Na interdisciplina da EJA no Brasil, pude aprender um pouco da história e leis. Através das atividades de campo, tanto a minha, como das colegas, pude visualizar uma área que nunca tinha tido contato.
      Em Seminário Integrador, tive um pouco de dificuldade em analisar o texto da colega. Mas fiquei muito feliz com a analise do meu texto, onde a colega destacou o que precisava mudar e complementar, servindo como um grande auxiliar para minha reescrita.

       Em TICS fiquei um pouco apreensiva quanto ao meu estágio, ao visualizar a falta de recursos tecnológicos da minha escola, ao mesmo tempo que fiquei encantada com as possibilidades apresentadas em projetos e atividades usando as tecnologias.

        Em didática, planejamento e avaliação pude refletir sobre sua importância no dia a dia do fazer pedagógico. De buscar temas geradores, de acordo com a realidade dos alunos.
       Foram grandes aprendizagens que com certeza estão enriquecendo tanto meu fazer pedagógico como a mim como pessoa.

O que é avaliar?


    Avaliar na atualidade é vista não apenas com a intenção de classificação, mas diagnóstica para verificar o nível de aprendizagens e buscar alternativas para o seu desenvolvimento. Nesta perspectiva cabe ao professor repensar sua prática, pensando que nem sempre uma prova irá mostrar o real nível de conhecimento, podemos se tratar apenas de decorar e não realmente compreender. Outro fator que deve ser pensado é o fato de não termos uma turma homogênea, cada aluno é diferente, tanto no ritmo de aprendizagem como nas áreas que apresenta maior afinidade, sendo assim, como podemos fazer a mesma avaliação para todos?
     Cresci e estudei numa metodologia tradicional e com avaliação classificatória, lembro de "decorar", os conteúdos para a prova e em seguida simplesmente esquecer, por não estabelecer significados. No PEAD me deparei com um modelo de avaliação diferente, sem o objetivo de classificação, num primeiro momento fiquei confusa, pensando: "como não tem provas?", hoje percebo que fazer uma prova não significa que meu conhecimento vai seu medido, mas através da minha construção diária, registrada neste blog é possível perceber minha reflexões e aprendizagens, na trajetória deste curso.
     Trabalho com Educação Infantil, onde a avaliação é feita por observação e registros das conquistas de cada criança e ao final do semestre é redigido um parecer descritivo das aprendizagens, sem nota, sem intenção de classificação. 




Temas Geradores na Prática Pedagógica



     Paulo Freire no traz reflexões sobre a importância dos
Temas Geradores, de acordo com interesses e a realidade do educando, principalmente com relação a EJA. Segundo ele “o objetivo da escola é ensinar a ler o Mundo para poder transformá-lo”. Ensinar vai além de apenas transmitir conhecimentos, é criar oportunidades para esta construção, levando em conta a bagagem cognitiva e experiências do aluno. 

     Na EJA Freire propõe, no processo de alfabetização, a utilização de palavras geradoras, significativas e de acordo com a realidade cultural dos alunos, partindo assim para compreensão do código escrito e refletindo sobre a sociedade. Muitos alunos tiveram empecilhos para continuar seus estudos, por necessitar ajudar nas despesas de casa, entre outros, mas numa sociedade excludente sente necessidade de buscar a alfabetização, depois de adultos, para uma melhor qualificação no mercado de trabalho ou por se sentir inferiorizado por não dominar o código escrito. Mas devemos levar em conta toda a vivência que essas pessoas tem e que podem compartilhar com o grupo.

     Nos demais segmento da educação também é importante trabalhar com Temas Geradores, que sirvam como base para desenvolve o currículo de forma integrada. 

    A observação e o dialogo com os alunos, permite ao professor investigar possíveis temas, de acordo com as dúvidas, curiosidades e conhecimento prévio.

    Na Educação Infantil, já trabalhei com temas geradores, que surgiram a partir de observações em momentos de brincadeiras livres. É muito gratificante ver os alunos entusiasmados pois sabem falar aos colegas algo sobre o assunto ou mesmo ao descobrir algo novo.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Planejamento em Ação

      Neste semestre vimos que para planejar é preciso levar em conta alguns aspectos como a intencionalidade, precisamos levar em conta os objetivos que pretendemos atingir com determinadas atividades, toda ação pedagógica deve ter um por que. 
      Através de um currículo integrado temos a oportunidade de tornar a aprendizagem mais significativa, partindo de temas de interesse dos alunos podemos desenvolver atividades envolvendo diferentes áreas do conhecimento.

"Falar de interdisciplinariedade é ver as salas de aula, o trabalho currícular
a partir da ótica de conteúdos culturais, ou seja, tentar ver que relações e
agrupamentos de conteúdos podem ser feitos, por matérias, por blocos 
de conteúdos, por áreas do conhecimento e experiências, etc (Santomé, 1998, p.61)"

      Outros elementos devem ser observados no planejamento como metodologias, recursos e avaliação. Segue um exemplo de planejamento aplicado em minha turma este ano:






Dados de Identificação:
Escola: EMEI Terezinha Santos Tergolina
Série: Jardim 1
Turma: J1A

Objetivo Geral:   Proporcionar momentos de prazer através da literatura, ampliando vocabulário, organização de pensamentos e a criatividade.

Objetivos:
·         Desenvolver o gosto pela leitura;
·         Refletir sobre sentimentos e valores;
·         Estimular a imaginação, o faz de conta e a criatividade;
·         Resgatar obras literárias ligadas ao universo infantil;
·         Aprimorar a coordenação motora fina;
·         Realizar contagem em brincadeiras.

Conteúdos:
·         Linguagem oral e escrita;
·         Imaginação;
·         Criatividade;
·         Coordenação motora fina;
·         Números.

Procedimentos:
·         Conversa: Quem conhece o sítio do Pica Pau Amarelo? Quem mora lá?
·         Hora do Conto: Sítio do Pica Pau Amarelo: Um lugar diferente;
·         Avental para apresentar os personagens do sítio;
·         Conversa sobre a história, que apresenta os personagens;
·         Confecção dos personagens com sucatas;
·         Exposição dos personagens;
·         Brincadeira: Corrida maluca de Sacis ( pulando com um pé só, de acordo com a quantidade que aparecer no dado).

Avaliação: A avaliação será feita por observação, registro e conversas com os alunos, que irão relatar como foi à atividade.


     Foi uma experiência muito gratificante, partir do interesse dos alunos por histórias e proporcionar momentos de construção, de criatividade e imaginação. Os alunos ficaram encantados com cada personagem e suas características. Em suas brincadeiras posteriores observei o uso das aprendizagens. Seus relatos foram muito ricos e demonstraram o grande interesse e novos questionamentos surgiram, o que dará segmento ao projeto.

EJA

     Como trabalha de campo, em grupo, optamos por realizar uma entrevista com três profissionais que atuam ou já atuaram com a EJA. Fiquei encantada pela categoria e pela afeto que as professoras expressaram por seu trabalho. Muitos fatores foram destacados por levaram os alunos a EJA, muitos tiveram que largar seus estudos para ajudar no sustento da família e depois de anos sentiram a necessidade de voltar a estudar para uma melhor posição no trabalho ou por se sentirem inferiores socialmente.
      Destacamos que os educadores não tinham formação na área, mas buscaram alternativas para adequar suas aulas as necessidades destes jovens e adultos, que em sua maioria trabalhavam durante o dia e chegavam a  escola cansados, precisando ser motivados para prosseguir os estudos e não evadir.

“Os professores desprovidos de material técnico necessário, de condições mínimas de trabalho e de um corpo de conhecimento que possa subsidiar os desafios impostos pela prática educativa, tais professores, a grande maioria leigos, são obrigados a aceitar o desafio de escolarizar adultos sem o mínimo preparo necessário ao bom desempenho.” HARA. 1992.

      Na sala de aula da EJA percebe-se a importância de levar em conta a bagagem de conhecimento que o aluno traz e usa-la como aliada no processo de aprendizagem.

"De  acordo com Vygotsky(2008) o sujeito é ativo e interativo, pois constrói conhecimento e constitui-se por meio das relações interpessoais. É na troca com outros sujeitos e consigo mesmo que seus conhecimentos, papéis e funções sociais vão sendo internalizados, possibilitando a construção de novos conhecimentos e o desenvolvimento da personalidade e da consciência"

      Não tenho experiência na EJA, percebo que é um 
grande  desafio ter a oportunidade de poder trabalhar com 
turmas tão diversificadas quanto a idade, saberes, mas vejo
como um ambiente de grande possibilidades de trocas e de
novas aprendizagens.

Centro de Interesses

Os centros de interesses, são um processo de ensino que consiste em agrupar à volta dum mesmo assunto que interessa à criança um conjunto de noções a aprender, de mecanismos a montar, de hábitos a adquirir, condição do perfeito desenvolvimento do ser no meio em que vive e ao qual ele se adapta. A técnica dos Centros de Interesse – ao mesmo tempo livre e orientada pelo educador, principalmente aplicada a aquisição de conhecimentos, serve também para a educação psicológica, ao despertar do sentido social e à formação moral (BASSAN, 1978, p.17)

      A aprendizagem quando parte de interesse, curiosidade, torna-se significativa. Cabe ao professor num primeiro momento ser observador, conhecer seus alunos, a comunidade onde estão inseridos e a partir daí descobrir os interesses. Nos centros de Interesse os alunos escolhem o que querem aprender, constroem o próprio currículo de acordo com a sua curiosidade, integrando as áreas do conhecimento. Partindo de uma necessidade ou curiosidade, a criança investiga e aprende. Na Educação Infantil, muitas vezes num momento de brincadeira surgem os questionamentos e grandes projetos. Já desenvolvi alguns projetos que surgiram do interesse dos alunos como por exemplo: "As formigas", " Medos e monstros", " Contos, cantos e encantos" e " Maluquinho por Artes". Foi uma experiência riquíssima poder verificar as certezas e dúvidas com relação aos temas e verificar o entusiasmo ao solucionarem as dúvidas e perceber que o conhecimento está sendo construído de forma significativa.


Uso das tecnologias em sala de aula


     As tecnologias são grandes aliadas como recursos de aprendizagem no processo de construção do conhecimento. Nas primeiras escolas os recursos eram muito limitados, vem evoluindo assim como a sociedade. Antes tínhamos apenas quadro e giz, hoje podemos contar com diversificados recursos áudio-visuais, de acordo com a realidade de cada escola. Mas não apenas na sala de aula, mas em casa, com o uso da internet os alunos tem grande acesso a informação, cabe ao professor saber utilizar estes recursos. Atualmente estou cursando a oficina de Tecnologia do Pead, onde estamos aprendendo a usar diferentes ferramentas, como Google Docs, Google Classroom, CMaps e PBworks. Acredito que o professor deve estar sempre procurando se atualizar para inovar na sala de aula. 


domingo, 17 de junho de 2018

Tecnologia e Inovação Pedagógica


     A Inovação pedagógica nos traz uma perspectiva de evolução, mudanças e ruptura paradigmáticas, sociais e históricos.
     Entendemos que se estabelece uma grande reflexão sobre a forma de entender o conhecimento, levando em conta que o aluno não aprende por cópia e repetição, mas pela interação, vertente voltada para novas concepções pedagógica. O aluno não é uma tábula rasa, ele traz uma bagagem de experiências sociais e suas ações são capazes de transformar o meio. Deve-se procurar trazer temas de interesse dos alunos, do seu contextos, através de projetos de aprendizagem. Primeiramente o professor de educação infantil pode observar seus alunos e assim encontrar os eixos temáticos para elaborar seu planejamento, em uma turma as crianças iam pro pátio e começavam a observar as formigas, surgindo assim um projeto de pesquisa.
     De acordo com uma perspectiva histórica percebemos que os recursos tecnológicos vêm evoluindo e com isso as instituições de ensino precisam inovar, buscando acompanhar esta evolução. Infelizmente as instituições públicas de ensino não acompanham a evolução tecnológica, faltando recursos para enriquecer nossas aulas.
     O professor na atualidade tem o papel de inovar, romper com métodos tradicionais de ensino e juntamente com seus alunos construir uma educação significativa e de qualidade, utilizando diferentes recursos disponíveis, como na educação infantil presamos muito a criatividade e a imaginação, podemos transformar sucatas em Smartfones e computadores.


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