Durante pesquisa
sobre o preconceito me deparei com uma frase que trouxe grande reflexão:
Antes de se
identificar como um deficiente ou diferente, a criança convive com a idéia de
normalidade e assim se percebe, é o olhar o outro que a nomeia e a inscreve
como portadora de uma falta ou de um excesso, e mais que isso, a encaminha para
o universo dos anomálogos. (LOPES, 2008, p. 03).
Já trabalhei com
diferentes crianças, com deficientes (visual, hidrocefalia e Síndrome de Willians)
e na Educação Infantil nunca tinha observado em minhas turmas algum tipo de
discriminação, sabiam que havia diferença, mas que eram crianças como eles e
ajudavam nas suas limitações. A criança pequena não tem a mesma maldade do
adulto. Este ano o olhar do outro, mais especificamente de uma mãe, fez com que
a diferença fosse percebida e houvesse discriminação, estamos falando de
crianças de 4 e 5 anos. Esta mãe chamou o menino de XXXXX gordão, na frente de
outras crianças e mães, desde o acontecido já me deparei com diferentes alunos
repetindo a rotulação.
E agora o que
fazer?
O Pead está me
auxiliando a buscar alternativas. Iniciei um projeto, onde através da
Literatura estou trabalhando a diversidade, não apenas física, mas cultural.
A literatura infantil pode ser o cerne da construção de uma
educação inclusiva, pois operando a partir de sugestões fornecidas pela
fantasia e imaginação, socializa formas que permitem a compreensão dos
problemas e demonstra-se como ponto de partida para o conhecimento real e a
adoção de uma atitude que valorize as diferenças e as particularidades (ZARDO;
FREITAS, 2004, p.2).
A seguir algumas
histórias que já trabalhamos:
Painel: Diversidade e Literatura Infantil
Elmer o elefante xadrez
A esquisita aranha Rita
Meninos de todas as cores
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