domingo, 20 de maio de 2018

Desafios da EJA no Brasil




"Emília Ferreiro e Ana Teberosky iniciaram, em 1974, uma investigação que permitiu demonstrar que o domínio do código escrito é uma aquisição conceituai, é a apropriação de um novo objeto de conhecimento. Com instrumental piagetiano de investigação, partiram da concepção de que a aquisição do conhecimento se baseia na atividade do sujeito em interação com o objeto de conhecimento e mostraram que as crianças pré-escolarizadas têm ideias, teorias e hipóteses sobre o código escrito; mostraram também como elas chegam a aprender a ler e escrever."


FERREIRO, Emília e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986



   Na unidade 2 da interdisciplina EJA, estudamos sobre Práticas pedagógicas e concepções epistemológicas: alfabetização e letramento, no contexto da educação popular, Características da linguagem e do pensamento do educando jovem e adulto e a Psicogênese da língua escrita 

   Conforme observamos nos textos e vídeos, existem vários motivos que podem ter levado os jovens e adultos a parar os estudos, ou até mesmo nunca tenham os iniciados, entre eles destacamos a necessidade de ingressar no mercado de trabalho para garantir o sustento da família.

   Mas a busca por qualificação pessoal e profissional faz com que busquem conhecimento em instituições de ensino que ofereçam o ensino de jovens e adultos.

   O currículo e as metodologias devem ser pensadas para atendar as especificidades destes grupos, que diferentemente das crianças, já trazem uma grande bagagem de conhecimento e entendimento da importância e utilidades do mundo letrado, eles não são uma tabula rasa, já trazem diferentes conhecimentos que podem auxiliar no processo de aprendizagem, quanto ao muito letrado já tem alguns conhecimentos sabem diferenciar letras de imagens, reconhecem graficamente propagandas e rótulos, é importante o professor identificar este conhecimento prévio e utiliza-lo em sala de aula. Paulo Freire nos faz pensar que o processo de alfabetização de jovens e alunos, vai muito além de apenas decodificar a escrita e a leitura, mas é um ato político, onde o educando constrói sua aprendizagem é principalmente é capaz de construir da sua história e da sua leitura de mundo, como membro da sociedade. Para o autor a leitura da palavra deve estar ligada a leitura de mundo, infelizmente a realidade que nos deparamos na maioria das escolas é um processo mecânico de ensino que não leva em conta as experiências e hipóteses dos educandos.

   Se para o professor é importante conhecer e valorizar os pré-conhecimentos trazidos pelos alunos pequenos, imagina com os jovens e alunos, que podem dividir e refletir com os colegas e professores sobre seus conhecimentos e experiências.
   
   Não tenho experiência como professora da EJA, apenas fiz observação de uma turma e achei muito interessante, a professora não tinha uma postura autoritária, conversava com os alunos, perguntava como foi o dia, demonstrava respeitar a diversidade encontrada na turma, onde tinha alunos mais velhos, que não estudavam a bastante tempo e outros mais jovens, o interessante foi perceber como um ajudava o outro, enquanto a professora mediava a aprendizagem, de acordo com o nível de cada um.

  É importante que a escola da EJA seja um lugar motivador e significativo, para evitar a evasão e poder contribuir positivamente na formação destes jovens e adultos.

domingo, 6 de maio de 2018

Escola Nova

    Na virada do século XIX para XX, surge o movimento  Escola Nova, tendo como seus fundadores Ovide Decroly, Maria Montessori, John Dewey, Célestin Freinet e outros, que apresentaram uma grande crítica ao modelo tradicional de ensino. Surge assim uma nova concepção de ensino voltada ao aluno e o fazer pedagógico, apresentando alternativas diferenciadas como o uso de materiais concretos e novas organizações de espaço, proporcionando experiências de acordo com os centro de interesses dos alunos. John Dewey defendia que o aluno aprende os conteúdos através da prática, do concreto. Ovide Decroly, acreditava que a criança aprendi o mundo com base no todo, e que o centro de interesses leva a busca pelo conhecimento. Maria Montessori defende o respeito às necessidades e aos interesses de cada aluno, de acordo com os estágios de desenvolvimento para cada faixas etárias. Célestin Freinet criou uma pedagogia diferenciada com  aulas-passeio, jornal de classe, e  um projeto de escola popular, moderna e democrática.
     Cada um contribuiu com suas idéias para repensarmos a escola. A criança não era mais vista como um adulto em miniatura, mas como criança, e protagonista no processo de aprendizagem.