domingo, 16 de outubro de 2016

Vivenciando o tempo escolar

     Através da leitura do texto "Questões sobre o tempo no espaço escolar, de Cristiane Oliveira", percebi que desde o momento ao qual o aluno ingressa na escola se depara com uma organização em função do tempo, como divisão por séries anuais, semestres, bimestres ou trimestres, calendário e das aulas por períodos ou para os menores da educação infantil pela rotina, respeitando sempre os horários estabelecidos. Os níveis de aprendizagem ou grau de dificuldade de cada ano são definidos levando em conta o desenvolvimento humano.
     Na escola de educação infantil, onde trabalho, o tempo é organizado, primeiramente segundo a PPP da escola, com horários de entrada e saída e horário das refeições. O s objetivos e níveis de aprendizagens também constam neste documento. Para organização pedagógica do tempo na sala de aula conto com a rotina, que é flexível, podendo ser alterada segundo as necessidades da turma. Muitas vezes nossos projetos de aprendizagens são interrompidos por demandas referentes ao calendário anual que recebemos da secretaria de educação, estas acabem tornando-se massantes por não estarem de acordo com os interesses da turma.

     No que diz respeito à organização do tempo pedagógico/ de aprendizagem, a escola, a partir do ensino fundamental, apresenta um currículo pronto que deve ser seguido pra cada série, respeitando o tempo estipulado para executar a avaliação, onde o aluno deve atingir os objetivos estabelecidos, não levando em conta as diferenças e o ritmo de aprendizagem de cada aluno. Muitos alunos são obrigados a repetir a série por não ter atingido o nível de conhecimento no tempo imposto. Na educação infantil, felizmente, encontro uma flexibilidade quanto aos conteúdos e ritmo dos alunos o que facilita no processo de aquisição de conhecimentos.

     A organização do tempo escolar em todos os níveis de aprendizagem, deveria ir mais além do currículo pronto e do calendário, deveria levar em conta os interesses e a realidade dos alunos, ser flexível e respeitar o ritmo de cada um durante o processo de aprendizagem. A escola deveria ser um espaço de "alegria em aprender".

domingo, 9 de outubro de 2016

Que escola quero para meus alunos?

     Esta semana realizei a leitura do texto "Gaiolas ou asas?" de Rubens Alves. Refleti muito sobre a escola ideal para nossos alunos e a realidade em que nos encontramos.
       Segundo o autor: "

     Neste semestre tive a oportunidade de trabalhar com projetos de aprendizagem e vi como é significativo para o aluno poder  ter o papel de protagonista neste processo, onde o aluno escolhe o tema a ser abordado e busca as ferramentas necessárias para que este conhecimento seja adquirido, neste momento ele está aprendendo a "voar com as próprias asas".  
      Infelizmente, em muitas escolas, estes momentos tão ricos e prazerosos de aprendizagem são interrompidos por programas prontos que são impostos aos professores e que devem ser cumpridos, mostrando que nossas escolas apesar das inúmeras tentativas de serem escolas que são asas, acabam sendo escolas gaiolas, deixando de lado os interesses dos alunos.
     Cabe a nós professores tentar mudar esta situação, começando lá na nossa sala de aula, lembrando que os ensinamentos obtidos pelos nossos alunos serão levados para toda a sua vida... vamos ensiná-los a voar.


sábado, 8 de outubro de 2016

Pertencimento no Contexto Escolar



     Refletindo sobre o pertencimento ao ambiente escolar, percebi que a identidade é construída através das experiências (individuais e coletivas), o aluno vai criando vínculos e sentindo-se como parte integrante deste espaço, desta comunidade.

     Sarmento (2002) explica que o pertencimento constitui-se pelas relações comunitárias, pelas construções de referências, valores de pautas de condutas e distribuição de poderes que são inerentes à pertença comunitária (p. 276).


     Observando minha turma (jardim 1), percebo que desde o momento que chega a escola o aluno começa a interagir com o meio e sente parte daquele espaço, encontra na sala de aula seu ganchinho com foto para guardar a mochila, lugares para guardar seus pertences como toalhinha, copo e materiais de higiene pessoal, deparasse também com seus trabalhinhos, nome na chamada e no cartaz de aniversariante. Mas, sentir-se pertencente deste ambiente vai muito além da estrutura física, as crianças vão construindo laços de amizade, companheirismo e cooperação. 

     No que diz respeito à parte pedagógica, quando os alunos participam da construção de projetos, das atividades e percebem a valorização de suas produções, além de tornar o processo educativo mais prazeroso e significativo está sendo construídas relações de pertencimento ao contexto escolar e valorizando sua identidade. Atualmente estou trabalhando com o projeto: “Medos, monstros e mistérios”, que partiu dos interesses da turma, ele foi construído de forma cooperativa através de um mapa conceitual contendo os temas principais a serem abordados como bruxas, vampiros, fantasmas, entre outros, em seguida as duvidas e sugestões de como podemos trabalhar, pediram músicas, histórias, brincadeiras, quebra-cabeças e outros.

     Na busca de uma educação de qualidade é fundamental fazer com que todos se sintam como parte integrante dos espaços escolar tanto físico como pedagógico, buscando estratégias de forma conjunta e cooperativa.